Semana do Trânsito mostra estatísticas mortais e propõe formação nas escolas

Em noite de grande movimentação, a Semana do Trânsito apresentou ontem no Centro Cultural a primeira atividade do seu Ciclo de Palestras Educativas. Com a platéia repleta principalmente de estudantes e a Mesa composta de representantes do Governo Municipal e autoridades do Sistema Nacional de Trânsito, o palestrante José Roberto Peixoto projetou números assustadores sobre a realidade do trânsito no país.



Depois de mensagens do vice-prefeito Aurélio Soares, representando o prefeito Paulo Machado, e do ex-prefeito Carlos Brasileiro, ambos abordando o comportamento da sociedade ainda distante de compreender a interação entre as vias, os veículos e os homens, José Roberto deu exemplos de como motoristas pedestres e cidadãos em geral desconhecem os princípios mais simples que regulam a utilização de faixas horizontais de segurança e da função das cores dos sinais.



Crise ética



Comparando a atitude de condutores de veículos no Canadá, que param o movimento quando o sinal amarelo é aberto, aqui os motoristas aceleram no amarelo por não entenderem que neste sinal quem tem a preferência é o pedestre. O elevado número de 30 mil brasileiros mortos anualmente no trânsito, repetido pelos oradores, ainda não reflete a totalidade. Discussões geradas no trânsito brasileiro provocam grande quantidade de mortes e lesões que, na observação de José Roberto “não aparecem como acidentes de trânsito”. Ele atribui que o desrespeitos e a agressividade advém não apenas da ignorância das leis, mas também de uma crise ética por que passa a cultura social do nosso tempo.



Proposta



As estatísticas mostram que acidentes de trânsitos matam 82 pessoas diariamente no Brasil. A faixa de etária de 18 a 25 anos é a que mais se envolve em acidentes de trânsito. E as maiores vítimas desse tipo de acidentes são os jovens entre 15 e 24 anos. E a cada oito minutos uma criança é envolvida em acidente de trânsito.



O palestrante propôs como melhor solução que a disciplina Educação para o trânsito seja incluída no currículo dos colégios. Ao concluir o 2° grau, o aluno estaria com formação adequada à habilitação. Na abertura do evento, a Cia de Teatro do Cesb encenou divertidas peça educativa com atores em pernas-de-pau dirigidos por Benedito Oliveira, do grupo Aroeira Cênica.

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