Fabricação de iogurte impulsiona produção leiteira em Senhor do Bonfim



Quicé, que significa “faca velha e sem ponta” na língua tupi, é um distrito localizado a 18 km do município de Senhor do Bonfim, onde moram pouco mais de 3 mil pessoas. A maioria sobrevive da atividade rural, com destaque para a produção de leite de vaca e de cabra (média diária de 14 mil litros durante a safra). Lá está localizado o Laticínio Quicé, criado pela Associação dos Pequenos Agricultores de Quicé (APAQ), que começou a produzir iogurte em junho do ano passado. “O laticínio foi uma alternativa para quem só criava cabras para o abate ou vendia o leite muito barato”, lembra o presidente da Associação criada em 1986, Marcos Evangelista.
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O baixo preço pago pelas grandes indústrias de laticínio pelo leite in natura e as perdas por acidificação do leite, em função das elevadas temperaturas da região, traziam prejuízos que foram minimizados com o laticínio.
A capacidade de produção diária do produto é de 10 mil litros. Inicialmente, a proposta era beneficiar leite de cabra. Como a oferta de matéria prima era pequena, foi feita uma parceria com outra entidade local, a Associação dos Produtores de Leite do Quicé (APLEQ), que fornece leite de vaca para viabilizar a produção diária do iogurte.
Atualmente, o laticínio vende praticamente tudo que produz. O faturamento é destinado aos custos de produção, mas, para 2010, a Associação dos Pequenos Agricultores de Quicé espera os primeiros lucros. Os resultados sociais também são contabilizados: sete empregos diretos; 30 produtores cadastrados; seis entidades beneficiadas; 250 famílias; 2,4 mil crianças (através da merenda escolar) e 50 idosos.
A iniciativa faz parte das atividades do projeto da caprinocultura leiteira de Quicé e teve o apoio do Sebrae/BA, Fundação Banco do Brasil e Prefeitura Municipal de Senhor do Bonfim.
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