Em Bonfim mulher desfilou com ícones épicos da liberdade do seu gênero

A bem anunciada “Marcha das Mulheres” para este 8 de março foi de tirar o fôlego. “Isto não é a marcha comum, estamos na animação do ritmo carnavalesco”. Disse a feliz Maria José Canário, conduzida Coordenação do evento pela Secretária de Assistência Social, Fátima Brasileiro, às 4:15h, quando apenas saiam da Praça Nova do Congresso.

Tinha razão Maria José. A mulherada, que minutos antes da largada recebera uma-a-uma um chocolate sonho de valsa, estava também armada de apitos, e os soprava de fazer inveja às buzinas dos estádios africanos. Sem demora, o carro de som disparou o samba de Benito Di Paula: Agora chegou a vez, vou cantar / mulher brasileira em primeiro lugar... (Bis) E caminharam mesmo, cantando e sambando: Norte a sul do meu Brasil / Caminha sambando quem não viu / Mulher de verdade, sim, senhor / Mulher brasileira é feita de amor.

Guiadas pelo carrão dos Bombeiros, viaturas da PM e dos programas sociais do município, elas estavam bem descritas pela composição “Mulheres” de Martinho da Vila. Eram ... de todas cores / De várias idades / De muitos amores /... Do tipo atrevida / Do tipo acanhada / Do tipo vivida / Casada carente / Solteira feliz / ... Mulheres cabeça / ... De guerra e de paz.

De Chiquinha a Sulinha

Na chegada ao Centro Cultural, recebidas com água e maçã, lotaram o auditório para participarem da homenagem a quatro mulheres de qualidades excepcionais: Chiquinha Gonzaga, primeira fêmea a reger orquestra no Brasil, a ser pianista de choro e a compor uma marcha carnavalesca (Ô Abre alas, 1899); Irmã Dulce, pedia ajuda nas ruas de Salvador para suas obras de humanismo social de alimentação e cuidados médicos a pessoas desvalidas; e Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança e três vezes indicada para o Prêmio Nobel da Paz, pelo Brasil. De Bonfim, a homenagem foi para a saudosa Mãe Sulinha – dona Maria Soares da Silva – que será o nome do Centro de Referência da Mulher a ser inaugurado em poucos dias.

As manifestações do prefeito Paulo Machado, João Carlos Bernardes (Biro-Biro) e Carlos de Tijuaçu tinham conquistado todos os aplausos. Porém, no final, ainda hove gaz para aplaudir a comédia “Abc do Preguiçoso” interpretada por Zumar e Cia, selando a felicidade da mulher bonfinense no seu dia.

Assessoria de Comunicação Social
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