ENTREVISTA com Bel “O carismático” da Calcinha Preta

Depois de duas horas de palco, já às 3 da matina de hoje, Bel conversou e até fez confidências. “Eu sou Bel, não sou muito fã do meu nome”, mas acabou dizendo: “Bernardo Cavalcante Oliveira Amorim”. “Não sou de dizer a idade” – e terminou confessando: “30 anos”. Aí, já era. Nadamos no riso e o vocalista mergulhou na descontração. A galera do espaço privativo (inclusive os da Calcinha Preta) aumentou. Saltou de três, quatro pra uns 35 a 40 espectadores. Declarou amor a Bonfim, deu um show espontâneo de voz, de garganta e a entrevista debaixo do 2° palco do Parque da Cidade virou papo de roda de fogueira:
Ascom – Ok, Bel? Comecemos então pelo seu nome de batismo.
Bel – O Brasil me chama de Bel e eu adorei esse nome. No início eu não gostava muito, “ah é nome de mulher”, me diziam. Mas já tem 10 anos que adotei esse nome e o Brasil está familiarizado com ele... Conversou... e informou.
Ascom – “Bel” é um nome artístico curto e simpático, certamente reforça o carisma já construído, que gera um frenezi quando você entra em cena.
Bel – É possível. Isso vem do povo. Sou uma pessoa que dá muito valor ao povo – que é o responsável pelo meu sucesso e de qualquer banda. Sou muito agradecido ao povo da Bahia, que sempre me recebeu de braços abertos, especialmente esse pessoal daqui de Bonfim. Agora mesmo estou muito feliz com o meu amigo Paulo (Machado), pelo grande administrador que é. Pelo que vejo, ele tem uma Comissão Organizadora de sucesso. Cada ano que passa o São João... Está mais do que provado que o nosso São João, o São João de Bonfim, é o melhor da Bahia.
Ascom – Gostei do “nosso São João”!
Bel – A gente vê aqui, vê nos hotéis, na estrada, a juventude de Salvador e de outros cantos do país vindo curtir em massa o forró de Bonfim.
Ascom – De origem e raiz a banda é sergipana, ou não é?
Bel – A banda é sergipana. Eu moro em Sergipe. Mas o baixinho (ele) é alagoano. Sou de Maceió, que é vizinho de Sergipe, e isso foi a maior parte de eu fazer parte dessa banda. Mas sempre que bate a saudade, já sabe: pego meu carro e vou pra Maceió ver meus pais. Lá é muito bom.
Ascom – No início do show, você mencionou algo parecido com música nova, recém-lançada ou que vai dar em sucesso. Tem algo novo pintando no lançamento da Calcinha?
Bel – Hoje bem antes do show eu pedi permissão a Paulo Machado prá lançar aqui o novo CD, lançado agorinha em todo o Brasil, (“intitulado CD nova gente 2”). E a resposta de Paulo foi a esperada: “Com todo prazer”. E aqui no show o público, pra minha surpresa, já sabia algumas músicas e cantou comigo. Foi lindo!
Ascom – Cite as músicas que mais agradam seu público Brasil afora?
Bel – Ah!... São muitas. A Calcinha Preta é uma banda privilegiada. São 22 CDs de carreira e cada CD tem uma duas músicas que estouram e não podem faltar nos show. Às vezes o público fica até na bronca: “Ah, você não cantou aquela música, nem aquela...”. Mas é muita música estourada nas paradas. Deus foi muito bondoso conosco: Quer ouvir algumas? Perguntou e foi logo cantando: “Se você inda quer morar comigo... Ai nem parou mais, disse “veja outra” rapidamente e soltou o eco: “Vem de pressa e surgindo... (nessa ele abriu o eco, cantando em agudo total). Interrompeu-se e avisou: “e tem essa” mudou o tom para gei-grave e cantarolou: “Juruô papapirô...”. Silêncio total no show particular debaixo do sereno e ele so murmurou “e tem essa”: “Como é que você foi embora / Sem dizer pelo menos adeus!...”.

Penetras – Alguém bateu palmas e ele voltou à conversa:
Bel – E por ai vai acontecendo. Cada dia que passa é um sucesso atrás de outro e a gente ta muito feliz de ta voltando à Bahia, à Bonfim principalmente, porque a gente tem um caso de amor com essa terra
Ascom – Bel, depois dessa exuberante declaração de amor, o que mais podemos ouvir de você nessa despedida?
Bel – Esse público de Senhor do Bonfim é como diz o poeta, tem Deus no coração e o diabo nos quadris. Esse show de abertura vai ficar para a história. O bonfinense curtiu, o turista dançou, Paulo Machado dançou, cantou, fez coro... É por isso que a gente da Calcinha fala o tempo todo que isso é que é terra de São João.
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