Edmon assina implantação de laticínio e dá mérito a idealizador

É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. A celebração de convênios assinados ontem em Capim Grosso, entre autoridades de dois territórios de identidade colocam em Senhor do Bonfim e na própria Capim Grosso duas usinas de beneficiamento de leite, contemplam os dois municípios e seus respectivos territórios de identidade, o da Bacia do Jacuípe e o Piemonte Norte do Itapicuru.

Ao chancelar a parcela inicial de R$ 420 mil para cada laticínio, o secretário Edmon Lucas (Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional – Sedir), descreveu o processo periódico da construção, que chegará a R$ 1,2 milhão, valor final de cada uma das duas usinas. Referiu-se ao seu gosto na parceria em estar assinando com as cooperativas mistas agropecuárias de Senhor do Bonfim (representada pelo presidente José Ranulfo Guimarães) e de Capim Grosso (José Cardoso dos Santos e do mérito do Prefeito Paulo Machado de ter desafiado a viabilidade e sucesso do empreendimento agora sancionado pelo governo do estado para a região.

Territorialidade A idéia de um laticínio já existia. O atual projeto não. Este nasceu de intervenções do prefeito Paulo Machado no âmbito de Audiência Pública e posteriormente em fóruns coletivos territoriais, quando o gestor propôs sua ampliação argumentando ser a cadeia do leite uma questão regional e até estadual, “não interessando, portanto, que o projeto crescesse isoladamente”, como ele voltou a colocar em Capim Grosso. Ganhou corpo no debate de consórcios intermunicipais, gestões em defesa de pequenos negociantes de derivados do leite ameaçados pela Vigilância Sanitária e redundou na conquista atual.

Solução O valor do primeiro módulo de R$ 420 mil será utilizado em instalações básicas: terreno, resfriadores, pasteurizadores e câmara fria. Nas etapas seguintes vem carro-tanque, equipamentos e gestões orientadas para o funcionamento em todos os municípios que compõem o Território Piemonte Norte do Itapicuru. O laticínio vai se inspirar na experiência bem-sucedida implantada em Coaraci, no sul da Bahia. O que se espera é que ele vai resolver o problema crítico que paira sobre a cadeia produtiva do leite – que já não pode mais ser comercializado in natura. “Leite cru traz germes, bactérias e contaminação”, voltou a sustentar, em Capim Grosso, o coordenador-Geral da Adab/Bahia, Adilson Pinheiro. Persiste logicamente nos produtores o receio de prejuízos em seus rebanhos. Eles temem a dificuldade de comercializar seguindo as exigências da Vigilância Sanitária, Adab e Ministério Público e na verdade esses órgãos estão apertando o cerco, fiscalizam cada vez mais a higiene e a qualidade do leite, queijo, manteiga e requeijão oferecidos à população.

Emprego O passo que se dá nesse momento tem a grande importância de poder superar as ameaças ainda presentes, principalmente porque elas trazem o desemprego para muita gente que trabalha e vive nesse ramo de negócios nos municípios do Piemonte. O projeto prevê a produção de 30 mil litros de leite por dia, processados a partir da indústria a sediar-se na saída de Bonfim para Jaguarari, 500 metros depois do Terminal Rodoviário. O funcionamento da usina significará a manutenção do atual nível de produção do leite e dos empregos, desde os pequenos e médios produtores até aqueles que o utilizam e aos seus derivados. As duas unidades ontem conveniadas incentivam a economia e são fatores de desenvolvimento nessa larga região do semi-árido. Na análise feita por José Ranulfo, elas abrem uma nova frente de trabalho nessas áreas.

Quicé A grande bacia leiteira do Piemonte Norte do Itapicuru está de fato em Senhor do Bonfim, no Quicé, que produz 12 a 15 mil litros de leite por dia. Parte dessa produção porém não é demandada pela unidade ali instalada. Esse excedente da região do Quicé, somado à produção dos municípios vizinhos chegam a pelo menos 30 mil litros/dia, uma base de garantia para o processamento industrial que está chegando. “Traz ainda – segundo Machado – a tendência de aumentar regionalmente a produção do leite e seus derivados e melhorar a genética do rebanho. Isso porque existe resfriadores em diversas fazendas da região, uma estrutura auxiliar pronta para subsidiar o novo projeto”.

Eles O exigente coordenador da Adab, Adilson Pinheiro, aplaudiu a instalação dos laticínios: “Eles vão atender a nova legislação, favorecem a pequena indústria e os derivados do leite podem adquirir certificado de qualidade e ser vendidos em todo o Brasil”. A mesa foi composta por: Edmon Lucas, da Sedir; Roberto Bandeira, coordenador técnico da Sedir; Adilson Pinheiro, Coordenador de Inspeção da Adab/Bahia; os prefeitos Paulo Machado, (Senhor do Bonfim); João Dias, de Capim Grosso e Eliezer Costa, de Quixabeira; secretário municipal de Agricultura de Senhor do Bonfim e coordenador do TPNI Raimundo Freitas; Dr. Marcos Adriano, Juiz da Comarca de C. Grosso; presidente da Câmara de Vereadores local e diversos pares; assessora da deputada estadual Neuza Cadore, Ana Prange; presidente do STR de C. Gross; gerentes do Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco e Sicoob. Outras autoridades, presidentes de entidades das cidades periféricas; pastores, secretários e público numeroso lotaram a Câmara Municipal da Cidade.

ASCOM
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