Ainda repercute intensamente não só em Bonfim, mas em toda a região, o ato arbitrário do prefeito Paulo Machado, no episódio da retirada de propaganda eleitoral, das vias públicas, no dia 7 de setembro passado. Mas a repercussão, foi extremamente negativa para o prefeito, e continua repercutindo não pelo fato em si, mas pelo “auto-desmentido” que o prefeito tem proporcionado pelas suas atitudes inseguras, claudicantes, típicas de quem é mandado, de quem não tem decisão própria. Tem ele se justificado, dizendo que a propaganda estava ilegal e por isso adotou a “truculência e o autoritarismo” (que dizem, não são seus), mas vem agindo com tolerância com a propaganda do candidato a senador pelo PT, o Pinheiro, que não respeita nem mesmo tapumes de obras públicas, o que é literalmente proibido pela Lei Eleitoral (art. 37, Lei 9.504/97).
É só constatar na obra que está se arrastando há cerca de seis meses, do prédio dos Correios. Cadê a preocupação com a legalidade? Cadê a preocupação com a imparcialidade, como deve acontecer nas atitudes de um gestor público? Essa e outras atitudes levam à crença de que o oportunista neo-petista está aprendendo a lição de Lula e seus seguidores maiores: “Para o PT e seus protegidos, tudo. Para os adversários, a truculência, a arbitrariedade”. Portanto, está aí, mais um “auto-desmentido” do prefeito, que não tem autoridade para impor-se, mas a usa para atender aos seus mandantes. É notório que o ex-padre age como agiam os antigos sacerdotes, nas suas vertentes hipócritas mais conhecidas: “façam o que digo, mas não façam o que faço”. Lastimável.
Josemar Santana
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