Prefeito de Bonfim que deixou PT faz revelações que merecem análise do MP

Na carta em que justificou seu pedido de desfiliação do PT, o prefeito de Senhor do Bonfim, Paulo Machado, fez questão de relatar uma conversa que teria ocorrido entre o deputado estadual Carlos Brasileiro e o governador Jaques Wagner (PT), na inauguração da Univasf, que tem dado o que falar no município.

Segundo Machado, Wagner perguntou se Brasileiro queria ser candidato a prefeito da cidade em 2012 e ainda completou: “Brasileiro, pegar um companheiro que está sentado no poder e levar às prévias, de duas uma: ou se quer descartar o companheiro ou se quer enfraquecê-lo”. Por causa da decisão do PT local de ameaçar submeter seu nome a prévias, apesar de, na condição de prefeito, sua candidatura ser considerada natural, Machado decidiu desfiliar-se do partido e ingressar no PP, abrindo uma crise de grandes proporções na legenda no município e no Estado.

A carta do prefeito foi publicada em blogs e sites da região e insinua que ele foi alvo de uma manobra perpetrada por Brasileiro e seu grupo para poder retornar à Prefeitura no ano que vem.

No documento, ele relata que seus problemas começaram na legenda, depois de ter afastado Gorete Brás da secretaria municipal de Saúde, onde teria constatado “uma dívida interna e externa fruto da má gestão”. Ainda assim, ela teria sido renomeada para outra secretaria. Diz ter recebido o apoio de Brasileiro para a iniciativa, mas acusa o hoje secretário estadual de Desenvolvimento Social de ter se omitido por ocasião da demissão da Cordenadora da Direc 28 e presidente do PT local, Rita Brás, pelo governo estadual. A carta de Machado bem que poderia ser analisada, principalmente no tocante à gestão na secretaria de saúde, pelo Ministério Público local, levando em conta o histórico problemático do partido, especialmente na Bahia, neste setor.

Por Raul Monteiro, Do Política Livre
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