Saída para Hospital de Bonfim passa pela desapropriação e municipalização


Senhor do Bonfim deverá desapropriar e municipalizar o Hospital Regional D. Antonio Monteiro. Esta foi a saída apontada para viabilizar a unidade de saúde, que passa por dificuldades. O assunto foi discutido nesta quinta-feira (10), durante reunião na Secretaria de Saúde (Sesab), em Salvador. A audiência foi marcada pelos secretários estaduais Jorge Solla (Saúde) e Carlos Brasileiro (Desenvolvimento Social), e contou com a presença de uma comitiva bonfinense, formada por prefeito, vereadores, imprensa, representantes do comércio e da sociedade civil.

O secretário Jorge Solla informou que o governador Jaques Wagner já autorizou a reforma e ampliação do Hospital de Bonfim, o que inclui também a implantação de novos equipamentos e uma UTI. No entanto, segundo ele, a ação do governo estadual só poderá ser concretizada com a regulamentação jurídica da unidade de saúde, o que só acontecerá com a desapropriação. Para isto, na atual situação, o Município terá que assumir definitivamente a gestão e negociar a dívida com os funcionários, que permanecerão no hospital após a municipalização do mesmo.

Solla lembrou que Senhor do Bonfim tem Gestão Plena da Saúde, ou seja, cabe à administração municipal coordenar todos os trabalhos do setor, incluindo ainda o SAMU 192. Para isso, município é cofinanciado, sobretudo por recursos federais. O secretário requisitou do prefeito Paulo Machado - presente no encontro -, a aplicação de mais recursos da Prefeitura no hospital, mas afirmou que também buscará incrementar os repasse federal junto ao Ministério da Saúde, e citou que marcará uma audiência com o ministro, em Brasília, para expor a situação. Antes, no entanto, uma equipe da Secretaria da Saúde, liderada pelo coordenador de contratualização, Estevão Toffoli Rodrigues, visitará Bonfim e fará um diagnóstico da situação financeira na área.

O diretor do hospital, José Lourenço, e vereadores do município, liderados pelo presidente da Câmara, Biro-Biro, expuseram a preocupação com a atual situação do atendimento no hospital. Jorge Solla disse entender, mas esclareceu que as dificuldades são gerais, inclusive no Estado, em função da necessidade de incremento da fonte de financiamento da saúde em todo o país. Ele citou que, além de tentar buscar mais recursos para o hospital, é necessário cortar gastos e criar sinergias que reduzam os custos. Citou ainda a importância de parcerias e anunciou que a Uneb está disposta a ajudar no processo.

ASCOM/SEDES
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