CASO AGRESSÃO AO PREFEITO: A REAFIRMAÇÃO DA VIOLÊNCIA E A MINIMIZAÇÃO DA AGRESSÃO

Depois de esperar alguns dias para que o Partido dos Trabalhadores (PT) de Senhor do Bonfim se posicionasse quanto à agressão perpetrada por um dos seus filiados ao prefeito da cidade, Paulo Machado, vemo-nos diante de um texto repleto de clichês. Como era de se esperar, a direção partidária se exime de qualquer ligação com o fato, mas não pode negar que o agressor é um de seus filiados. Surpreendentemente, ao contrário do que se esperava, esta explicação é o que há de menos importante na nota petista.

Nela, está revelado o ódio, o rancor e a agressividade da presidente do Diretório Municipal PT, Rita Braz – que aproveita este momento vergonhoso da política bonfinense, uma torpe agressão física e ameaças de morte ao chefe do executivo municipal, para fazer do fato lamentável e que chocou a toda a família de Senhor do Bonfim, um palanque político onde a grosseria é a tônica.

Minimizando a vergonha infligida a todos os cidadãos bonfinenses por um médico subordinado à Secretaria da Saúde, vítima de um descontrole emocional muito grave, a nota do PT desfere desmedidas e desarticuladas acusações à minha pessoa. O desespero da presidente da agremiação a faz cometer acusações descabidas, pessoais e inaceitáveis para qualquer um que me conhece, conhece a minha história, a minha maneira de ser na política, e, principalmente, os meus até então recentes aliados, que por anos conviveram comigo e enfrentamos juntos lutas memoráveis na política bonfinense.

De agredido moral e fisicamente, passo a ser, ridiculamente, taxado de agressor, contrariando a todos os fatos amplamente testemunhados, inclusive através das minhas declarações, ainda sob o efeito do constrangimento moral sofrido. Sem o menor pudor moral, sou novamente linchado pelo Diretório Municipal do PT, agora uma violência descabida e gratuita, com acusações que nada dizem da minha trajetória honrosa na política. Diferente do primeiro, pontual, mas revelador do clima que reina na cúpula partidária, os novos socos são oficiais, materializados através de documento sob a honrosa estrela do PT, maculando-a, e assinada por sua presidente.

Em tempo e em respeito ao petistas que sabem diferenciar as atitudes da sua direção com os verdadeiros princípios partidários históricos do partido - evocados em vão nesta nota-, e a bem da verdade, não acusei o coletivo do PT diante da agressão sofrida: revelei que os socos recebidos foram acompanhados de um discurso reincidente entre alguns filiados, desde que, para assegurar o mandato e não ser cerceado dos meus direitos, me afastei desse partido. Concluí que o fato deve ser entendido no contexto dos discursos agressivos que se instauraram em Senhor do Bonfim desde então. A repetição dessas agressões disseminadas em mentes susceptíveis pode não só explicar o desvario do médico, como poderá se repetir em outras circunstâncias.

Cabe ao Diretório Municipal do PT, responsavelmente, para evitar futuras recidivas, isto sim, instaurar um processo através de sua comissão de ética para apurar o ocorrido. Esta é a atitude que Senhor do Bonfim espera de um partido que quer se submeter mais uma vez ao julgamento popular nas urnas. A população bonfinense está de olho e sabe muito bem o que ocorre nos bastidores e não quer mais ser enganada por um suposto projeto político inteiramente desarticulado.

Como primeiro mandatário do município de Senhor do Bonfim, ficaria satisfeito se a lição da violência servir para elevar o nível da disputa eleitoral que se avizinha. Queremos uma disputa ética, menos emocional e passional, fazendo jus ao nosso amadurecimento político e baseada em programas claros e factíveis. E peço que as lideranças partidárias ajam responsavelmente evitando insuflar a violência e a incivilidade. No mínimo, em respeito às famílias bonfinenses, que são os nossos eleitores.


Senhor do Bonfim, 31 de dezembro de 2011

Paulo Batista Machado, Prefeito de Senhor do Bonfim
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