Zecrinha e amigos fizeram a festa no lançamento do CD Aió de Bugiganga


Um lançamento democrático. Esta é a melhor definição para o evento do último sábado, dia 17, no qual o cantor, compositor e produtor musical Zecrinha apresentou a um público distinto sua nova produção: Aió de Bugiganga.

Promovido pela Secretaria de Cultura de Senhor do Bonfim, o lançamento do CD ocorreu no Hotel Novo Leste e contou com uma série de participações especiais, tanto no palco, quanto na platéia. Cantores que embalam ritmos diversos e amigos de Zecrinha, de muitos anos, foram prestigiá-lo.

Homenagem – Representando o rol das amizades, Jairo Sá não poupou palavras para homenageá-lo, escreveu uma mensagem que sintetiza poeticamente parte da história musical do compositor (que, diga-se de passagem, é extensa) e elegeu Glória da Paz como porta-voz:

Zecrinha já galopou Cavaleiro Azul, contemplou a grota e caatinga de Uma Janela de Trem e teceu, como um Bicho da Seda, o seu Perfil de Cantos, desde a sua Aurora Instrumental e Poética [...] Andou Pensando em Você, Binha Campelo. Cunhou Palavras Medidas com Glória da Paz e fez Vanni cantar A Flor da Pele – trazia o texto, que também desvelou: Além de ser um amálgama de tudo que já produziu, este Aió é muito mais: exprime a maturidade do compositor/poeta e, ao mesmo tempo, reflete a sua busca incessante pelo novo.

No aió – Conhecido como um competente instrumentista, Zecrinha resgatou na musicalidade de Aió de Bugiganga, sexto disco da carreira, um apanhado de ritmos destinados a ouvidos refinados.

É um CD para um público mais seleto, que pode esperar um som bem diferenciado do que está acontecendo no Brasil. Eu fiz de propósito, mostrando um pouco do Nordeste, com uns acordes de Jazz, de Blues... Brasileiro, porém, misturado. Fiz um ‘caldeirão’, o que pude coloquei em um aió, que são as notas musicais e as canções do disco – revelou José Batista da Silva Sobrinho (nome de batismo do artista).

E do aió, na noite limpa e agradável que foi cenário perfeito para um encontro musical, saltaram muitas vozes. Foram nove participações especiais, começando pela cantora e compositora campo-formosense, Iris de Guimarães com quem o dono da festa cantou um de seus clássicos: Charles Chaplin.

Cantá-la foi desafiar o sob e desce de acordes das canções de Zecrinha para um encontro do meu espírito com o dele” – disse Iris de Guimarães.

Charles Chaplin – Bastante apreciada, a canção foi composta em parceria com “o amigo [Victor] Fidel num dia de cerveja” como denominou Zecrinha que resume a história: Na minha época a gente saía muito por aí, cantando. As pessoas achavam a gente ‘meio gaiato’ aqui em Bonfim e ‘os malandros’ que a gente encontrava na rua, a gente dizia: ‘o Charles Chaplin nas ruas de Bonfim’! A inspiração veio daí. E meu amigo Fidel disse: “se hoje ele é Charles Chaplin, nós somos os Charles Chaplin de Bonfim”.

No palco – De tão querida, a canção ganhou nesta noite segunda intérprete: Regina Salgado, que também lançou seu quarto CD recentemente, Mãe Natureza assumiu o microfone e mostrou o seu tom. Tem dias que eu amanheço e anoiteço com ela na cabeça – confessou a cantora.

Também abrilhantaram o palco: Glória da Paz, cantando ao ritmo da Bossa Nova; Daniel Barreto, companheiro de Zecrinha da época dos bailes da 25 de Janeiro: ‘fizemos muitos bailes em Bonfim na época do iê iê iê’ – rememorou Zecrinha; Cauã Dantas, filho do artista, de sete anos, que assina junto com o pai a canção Medo de Nada; Marino Carvalho, da banda Coletivo Imaginário também apresentou seus dotes musicais; Nel interpretou Capim Guiné, de Raul Seixas; Raimundo foi de Luiz Gonzaga e, Daniel Gomes relembrou Cazuza, cantando Codinome Beija-Flor. Nesse ínterim, claro, Zecrinha executou seus solos e finalizou a noite:

“Na verdade eu queria era fazer uma festa do que um lançamento. Por isso tem tanta gente aqui” – fazendo referência ao número de cantores que dividiram o palco com ele, num lançamento ‘democrático’.

As bugigangas – No Aió de Zecrinha contem 13 faixas: Mané Luteriano; Zé do Côco; Brasileirinha; Canaviá; A Maré da sua Boca (parceria com Zecalu Guimarães); Charlie Chaplin (com Victor Fidel); Litoral do Amor; Mandacarú Vermelho; Mão Boba; Medo de Nada (com Cauã Dantas); Qualquer Dia; Olhos Nus; Zum, zum, zum [Recôncavo], co-autoria de Manuca Almeida.

Semana da Cultura – A secretária de Cultura de Senhor do Bonfim, Riana de Oliveira comemorou o lançamento do álbum de Zecrinha, mais um evento de comemoração à Semana da Cultura, promovida pala Secult. Foi um prazer enorme essa realização. O objetivo da Secretaria de Cultura de é justamente valorizar os artistas da nossa terra.

ASCOM
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