CARTA ABERTA À COMUNIDADE BONFINENSE - DA SEMUS

Senhor do Bonfim, 11 de julho de 2012.

Senhores e Senhoras Bonfinenses:


Reportando-me às últimas notícias divulgadas pelas mídias, algumas com o devido respeito do repórter, outras nem tanto, relativas à Secretaria Municipal de Saúde – SEMUS e o Hospital Dom Antonio Monteiro e com o devido respeito que a população merece, comentamos o que se segue:

01 – Hospital Dom Antonio Monteiro

A – Do Décimo Terceiros Salário;

É verdade que a instituição não teve como pagar o décimo terceiro salário de 2011 em data legal, aprazando junto a Delegacia do Trabalho e o Sindicato da categoria um acordo a ser pago em cinco cotas a partir de janeiro de 2012. Observo aqui que mesmo diante de todos os problemas financeiros vivenciados, a instituição deverá pagar até sesta-feira próxima a cota final do acordo e, para que isto não volte a acontecer estaremos antecipando a parcela inicial de novembro a partir de julho, em conformidade com as datas de nascimento dos funcionários ( jan/jul; fev/ago etc.).

B – Dos Salários Mensais Normais;

Também é verdade que não estamos pagando em dias fixos o valor dos salários mensais ( até o dia 5 de cada mês ), tendo em vista não termos os repasses de Governo Federal para a SEMUS e da SEMUS para o HDAM em dias pré-estabelecidos e, desta forma temos um efeito dominó, se o primeiro atrasa os demais sofrem os efeitos. A propósito, neste mês de julho pagamos os salários relativos a junho no dia 06 de julho, ou seja, na última sexta-feira.

C – Do Choque de Gestão;

É verdade que demos um choque de gestão no Hospital, modificando hábitos e vícios antigos que faziam os pacientes ( POPULAÇÃO ), refém destes péssimos hábitos e vícios levando a um atendimento médico que ficava a desejar. Isto foi extirpado da instituição, fato que leva a atual administração a não ser bem vista com bons olhos pelos que se sentiram incomodados ou, inclusive, demitidos a bem do serviço público.

D – Das Prioridades;

Entendemos que a prioridade do Hospital é SALVAR VIDAS, ainda que tenhamos de sentir na carne o que representa tal compromisso. Desta forma não medimos esforços nem abdicamos do nosso direito em levar adiante tal projeto ( A POPULAÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR ) e fazemos isto sem pestanejar ou esmorecer diante das refregas que por ventura iremos encontrar, coragem não nos falta nem há de faltar.

E – Dos Investimentos;

Como é do conhecimento de todos, fizemos revisão elétrica geral do Hospital e canalizamos gases medicamentosos na emergência. Isto propiciou a instalação de monitores capazes de receber qualquer paciente para sua estabilização. Da mesma forma proporcionamos o funcionamento do aparelho de RX móvel que estava sem uso, fruto da irregularidade elétrica.

E – Dos Estagiários e Voluntários;

Ainda no mês de maio passado, fizemos reunião com todas as escolas que necessitam do Hospital para dar estágios a seus alunos e, demonstramos a necessidade da instituição receber auxílios para bem prover as suas operações e o próprio estágio dos alunos. Para que se aprenda de forma correta se faz necessário um serviço correto. Sem nenhuma surpresa fomos bem entendidos e estamos tendo os benditos auxílios, sempre de forma respeitosa recebemos e fazemos o devido agradecimento, desculpem os abnegados se não os listo aqui.

Que fique bem entendido que os estágios continuam só que agora com administração e sob dinâmica própria do hospital.

Em relação aos Voluntários, externamos que estamos chamando a população para a criação de um serviço voluntário que seja baseado na solidariedade humana e que não sirva de elemento para estágio e promoção individual.



02 – Da Secretaria Municipal de Saúde – SEMUS

A – Da Administração;

No contexto da SEMUS nunca se trabalhou tanto, seja no que tange a administração de pessoal (desfazendo grupelhos politizados que dominavam a secretaria ), seja na capacitação de antigos e novos PSFs dotando-os de médicos e corpo técnico que interajam com a população, enfim fazendo a devida leitura do que seja o serviço de PSF e Saúde Básica. O atual governo está com 56% de alcance da população e encerrará este ano com mais de 80%, fato que nos projeta a um futuro melhor, ainda em construção é verdade, mas sendo construído.

B – Dos Projetos em Geral;

Não são poucos os projetos em andamento ( Saúde Básica, PSF, SAMU, Rede Cegonha, Cidade Digital, TELESSAUDE, UPA, QUALISUS etc. ), alguns em pleno funcionamento e outros em tramitação, mas que estarão funcionando até o final do ano. A SEMUS está se qualificando para a marcação de consultas e serviços em todos os postos, assim como para a recepção de laudos médicos digitalizados, obra que o LACEN já está provendo e deverá melhorar após a sua reforma que se inicia neste mês.

C – Do SAMU;

Como todos sabem, o SAMU é um projeto do Governo Federal que envolve financeiramente as três instancias: União, Estado e Município, cabendo a este último fazer a administração direta dos serviços. Para aqueles que criticam não é fácil fazer funcionar um serviço durante vinte e quatro horas dia-a-dia, com várias equipes compostas de médicos, enfermeiros, técnicos e demais atividades. Vivemos em uma microrregião onde os municípios fazem verdadeiro leilão da mão-de-obra médica, sempre lhes atribuindo um plus a mais, seja monetariamente direto ou indireto com redução de horas trabalhadas, ou até mesmo, as duas coisas. Para facilitar a contratação do médico trabalhamos com turnos de 12 horas, mas, mesmo assim, a demanda maior fica para o turno noturno onde temos menor índice de eventos.

Financeiramente, e já desde o inicio por parte da União, trabalhamos com uma defasagem que se iniciou de 120 dias, baixando hoje para 60 dias. Do lado do Estado, este está com uma defasagem de 120 dias que somados perfazem um montante de mais de R$ 300.000,00 de verbas do SAMU, tornando assim impossível o município não atrasar os salários deste projeto.

D – Dos Agentes Comunitários de Saúde – ACS;

Tal como o SAMU o projeto dos Agentes Comunitários de Saúde possui relações financeiras tripartite ( União, Estado e Município ), havendo ai a mesma natureza de defasagem, não tão extensa como no SAMU mas, o suficiente para que a SEMUS só possa pagar os salários dos ACS, mediante recebimento das verbas da União que não tem dia certo para pagamento. Urge, pois que a população tome conhecimento das delongas da administração pública e não se deixe comover com ironias de atraso de pagamento conclamadas por alguns poucos agentes que exigem o recebimento nas condições proferidas pela CLT, ou seja, quinto dia do mês subseqüente ao trabalhado.

Gostaríamos muito que pudéssemos pagar os salários em conformidade com a CLT, contudo o mecanismo de transferência de recursos entre os entes federativos impõe ritmo diferente a cada projeto instalado. O pagamento de determinado projeto depende do repasse de cada verba.

E – Da Transparência;

Nestes últimos anos os valores monetários administrados pela SEMUS tiveram vários gestores e cada um teve a sua carga de responsabilidade na razão do tempo. No início a SEMUS estava entregue integralmente ao PT que assim a administrou por mais de 2 anos, relegando aos Gestores posteriores os encargos da irresponsabilidade e a insensibilidade em manusear o dinheiro público. De um estouro orçamentário de R$ 2.000.000,00, chegamos hoje a uma situação de equilíbrio e com toda a responsabilidade de fazer os serviços funcionarem.


Finalizando, conclamamos toda a população a acompanhar os serviços oferecidos pela Secretaria de Saúde do Município – SEMUS, na qual, a sua Gestão tem o orgulho de se fazer presente frente às necessidades da população bonfinense, buscando sempre o melhor e na maior velocidade em atender os seus anseios. Ousamos dizer que o que fazemos tem como reflexo nítido o bem estar do nosso povo, sem mágicas, hipocrisias ou arquiteturas políticas vendidas em mercado barato e sem a devida higienização.



Assinado

Equipe de Administração da SEMUS
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