O DESCASO COM A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL


Filas intermináveis, pacientes em estado grave esperando durante horas ou dias para serem atendidos, aguardando nos corredores de hospitais, largados em macas, cadeiras, bancos e em alguns casos até mesmo no chão, onde muitas “vitimas” do sistema publico chegam a vir a óbito.
Quando alguém consegue a façanha de ser atendido, é no máximo uma consulta simples onde os médicos nem se quer examinam o paciente, pois não há tempo suficiente para o profissional já que o mesmo tem que atender a uma fila gigantesca, simplesmente passam uma receita com inúmeros remédios e exames a serem feitos que serão marcados para no mínimo 30 dias sendo que em alguns casos dependendo do exame solicitado a espera pode chegar a 3 anos, como acompanhamos recentemente em matérias exibidas nas grandes emissoras de Televisão.


Muito dinheiro é investido em saúde no Brasil, porém parte dessas verbas são desviadas, de acordo com um levantamento feito pela CGU 70% das verbas desviadas no Brasil são da Saúde ou educação. Recentemente acompanhamos escândalos envolvendo desvio de verbas da saúde que envolvem o prefeito e secretário de saúde da cidade de Americanas no Paraná, já na Bahia o governo Jacques Wagner e uma tal ONG, teriam “utilizado de forma irregular” 39,2 milhões de acordo com relatório do TCE, dinheiro que poderia salvar varias vidas são desviados sistematicamente e poucas ou nenhuma providencia são tomadas para combater esse tipo de crime.


Na Bahia, temos casos de hospitais que correm o risco de serem fechados ou que enfrentam momentos difíceis como é o caso do Hospital Nossa Senhora da Saúde em Capim Grosso, Hospital Aristides Maltez em Salvador, Hospital Dom Antônio Monteiro em Senhor do Bonfim e tantos outros que enfrentam situações calamitosas.
De acordo com levantamentos recentes, faltam médicos no Brasil e não há expectativas para que essas vagas sejam preenchidas devido aos altos custos dos cursos de medicina e a dificuldade que muitas universidades enfrentam para ofertarem os cursos já que os hospitais universitários nos quais os futuros médicos necessitam estagiar estão caóticos e correm o risco de serem interditados, por falta de manutenção, as universidades alegam que os investimentos ainda são baixos por parte do governo federal.


Dados recentes informam que o Brasil investe 3,77% do PIB em saúde, mas o mínimo necessário seria de 6 %. O governo federal alega que não há como investir mais em no sistema publico de saúde, pois não há recursos etc, no governo Lula os gastos com a Saúde foram reduzidos em 2%, e no atual governo, já se estuda a possibilidade da criação de um imposto destinado à saúde, que claro seria cobrado da população, principalmente da que é usuária do SUS, no caso a população mais carente seguindo um modelo utilizado nos Estados Unidos, mas o que realmente chama a atenção é que o mesmo governo que não tem como investir na saúde propõe que o piso salarial de servidores públicos seja derrubado, pois segundo alguns parlamentares não é justo que bons profissionais fiquei limitados a um limite de ganhos, ou seja os R$: 26, 723,13 é considerado pouco por nossos legisladores, também serão investidos 11 bilhões nas obras para a copa do mundo, mas para a saúde infelizmente não há mais dinheiro.


E assim o brasileiro vai aguardando nas filas e lembrando de um trecho bem irônico de nossa constituição que diz que “A SAÚDE E UM DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO”, independente do poder aquisitivo de cada cidadão.


Por: Tatiana Pereira
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