Há muitos anos, os “CHAPAS”, (trabalhador que carrega e descarrega mercadorias em caminhões), que prestam serviços carregando caminhões que abastecem a EBAL, estão de braços cruzados nessa sexta-feira, alegando, que estão sendo prejudicados, com a recente implantação do SINTRAN – Sindicato dos Trabalhadores de Movimento de Mercadorias em Geral no Estado da Bahia.
Segundo os trabalhadores, que sempre prestaram serviços avulsos, os rendimentos eram mais rentáveis, e agora o SINTRAN está ficando com a maior parte das arrecadações.
Entenda melhor: em um dia de eles arrecadam em média R$ 1.350,00 e alegam que o SINTRAN está ficando com a maior fatia das arrecadações, repassando à categoria somente o valor aproximado de R$ 537,00.
Nossa reportagem conversou com alguns manifestantes que disseram, “antes desse sindicato nós cobrávamos R$ 9,00 por tonelada, agora eles vêem de Salvador interferir em nosso trabalho, e cobram R$ 12,00 por tonelada e repassam pra nós somente R$ 5,00, nós passamos o natal o ano novo sem poder dá um presente a nossos meninos, porque eles fizeram um empréstimo de R$ 100,00 por semana, prometeram dá ticket alimentação, vale refeição, e até agora não recebemos nada, e pra piorar eles estão com nossos documentos, queremos que o sindicato de Bonfim ajude a gente” disse o senhor Cesar.
Já em conversa com o representante do SINTRAN, senhor Diogo Alves soares, os trabalhadores estão recebendo o repasse de R$ 999,00, mais encargos sociais, com direito a ticket, INSS, PIS, férias etc, Diogo disse, que com a intervenção do sindicato, os trabalhadores estão mais organizados, porém vai depender dos trabalhadores, aceitarem as aplicações do sindicato, e que cada um dos 44 trabalhadores, semana passada receberam R$ 347,00, em 10 dias trabalhados.
Amanhã o chefe do SINTRAN de Salvador estará em Senhor do Bonfim, para uma reunião nas imediações da EBAL, com a classe, para discutir esse impasse.
Os trabalhadores estão se sentindo ameaçados, alegando que o Sindicato está pretendendo trazer outros homens de fora para executar os serviços, deixando de fora trabalhadores que ali prestam serviço há mais de 20 anos, como é o caso do senhor João.
Maravilha Notícias