É revoltante para nós cidadãos o descaso com o município de Senhor do Bonfim, em especial com as obras urbanas. Diariamente, é possível deparar-se com irregularidades na realização dessas obras, com a precariedade na qual são feitas e com o “pouco caso” da fiscalização urbana municipal.
Por volta de 20h20min desta terça-feira (06), fui vitimado por uma dessas irregularidades: materiais de construção no meio da rua, no Centro da Cidade. No momento chovia forte e eu trafegava de moto, fui forçado pela chuva a fechar a viseira do capacete, dificultando a visão. No entanto, procurei andar devagar e no MEIO DA RUA, mas não contava em momento algum com materiais de construção na via pública. Assim, a queda foi inevitável!
Pergunto-me: os secretários e órgãos envolvidos na fiscalização de irregularidades como esta têm noção da Lei Orgânica Municipal? Sim, pois conforme a mesma, no Art. 153, Parágrafo V, a gestão municipal deve prevenir e corrigir as distorções do crescimento urbano. Infelizmente, vejo a cidade crescer, o trânsito ficar caótico e irregularidades grotescas como a supracitada passar despercebida. Não há fiscalização, não há punição, não há cumprimento das Leis Municipais! Infelizmente, tais irregularidades e tal descaso fazem-nos de vítimas, estando nós em dias com os nossos deveres de cidadãos.
Não busco um culpado pelo que chamariam de fatalidade, busco mostrar que não estamos tendo condições sequer de ir e vir com tranquilidade na nossa cidade. Busco mostrar a precariedade da fiscalização de obras, pois não é a primeira vez que temos flagrante de erros na nossa cidade. Torno-me agora, mais uma vez vítima da irresponsabilidade de um sistema pobre, deficiente e precário. A gravidade do acidente não foi grande, mas não pretendo que ocorra o reincidente para o poder público tomar providências URGENTES em setores base para a oferta de mínimas condições de vida à população.
Fala-se muito de “otimização”, tanto nas Leis Municipais quanto em um plano de governo apresentado no período eleitoral, mas pouco vejo otimização na prática, pouco vejo a garantia dos direitos básicos para o exercício da cidadania. Na verdade, pouco vejo se cumprir promessas tão belamente escritas baseadas na utopia e na falta de conhecimento.
Joanir de Queiroz