BAHIA: PROPOSTA DO GOVERNO NÃO AGRADA E PM DA BAHIA DECRETA GREVE APÓS ASSEMBLEIA


Em reunião no Wet’n Wild em assembleia os policiais militares decretaram greve na noite desta terça-feira, 15. Após mais de 1h em reunião fechada com os representantes das associações da Polícia Militar, Marco Prisco, presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) leu no palco do Wen’t Wild, onde acontece a assembleia da PM a prospota do governo, e os políciais presente rejeitaram a proposta.

O clima ficou tenso e enquanto aguardavam a apresentação da nova proposta os policias entoavam gritos como “ô, ô, ô a PM parou”.

O presidente da Associação dos Oficiais Auxiliares da Polícia Militar (Aoapm), O Major Ubiraci, deixou a reunião após 20 minutos do seu início disse que os representantes estavam examinando a proposta e a intenção da Aoapm era de negociar até o último momento.

Segundo estimativa dos próprios policiais, cerca de 10 mil PMs se reuniram no Wet’n Wild para a assembleia que discutiu as propostas apresentadas pelo Governo do Estado para a reestruturação e modernização da PM. O deputado estadual Capitão Tadeu criticou a postura do governador Jaques Wagner. “Tá tendo conversa direto, tanto o governo quanto as associações, nós estamos conversando diretamente, estamos com toda boa vontade negociando, mas o governador, parece que ele não entende o que está acontecendo, parece que ele tá vivendo no mundo da lua, a situação é crítica e ele acerta uma coisa e faz outra, ele e a equipe dele”, afirmou.

“A proposta dele tira parte dos absurdos que ele colocou no projeto, mas não altera a questão principal, que é melhorar o plano de carreira, porque um soldado não pode mais ficar com 28 anos sem promoção, como também a questão do salário. O governador fez planos de cargos e salários para diversas categorias, e pra Polícia militar ele deixou de lado”. Ele afirmou que os PMs querem a negociação. “Essa tropa que está aqui está querendo conversar, negociar, mas não quer ser enganada pelo governador mais uma vez”.

Proposta e críticas

A categoria, que reúne pelo menos 34 mil homens na ativa no estado, reivindica melhoria salarial, mudanças na política remunerativa, plano de carreira, acesso único ao quadro de oficiais, um Código de Ética, aposentadoria com 25 anos de serviço para a Polícia Feminina, aumento do efetivo, bacharelado em Direito para os oficiais, além de elevação de toda a tropa para o nível superior entre 2014 e 2018.

O governo tem até 180 dias antes do início do período eleitoral para remeter ao Legislativo qualquer projeto que provoque alterações salariais de servidores.

A assembleia desta terça-feira contou com as diversas associações da categoria, como a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), a Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM-BA) e a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (Força Invicta).

O coordenador-geral da Aspra, Marco Prisco, já havia afirmado que as propostas sugeridas pelo Governo não agradavam. “As propostas que o Governo ofereceu para a gente não contemplam a categoria”, disse.

Na segunda-feira (14), representantes das associações de policiais e bombeiros militares participaram de reunião com o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, e o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro. O secretário garantiu rever alguns pontos apresentados aos policiais. Entre os itens propostos para revisão estão o código de ética, o plano de carreira e a promoção na corporação.

“Na quinta-feira passada, apresentamos a proposta do governo e desde aquele momento havíamos falado para todos que estávamos colocando aquilo para apreciação. Eles trouxeram uma análise do material. São propostas que vamos analisar e que estamos dispostos a revisar”, afirmou o secretário.

(Com informações do A Tarde e Correio 24 Horas)
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