BULLYING NAS ESCOLAS: É PRECISO CONHECER PARA PREVENIR

Paula Bezerra
Sejam bem-vindos (as) amigos (as) leitores (as). Para o artigo deste mês, hoje vou falar sobre “bullying nas escolas”.
Sinto um enorme prazer escrever e compartilhar informações da área de Psicologia relevantes para a população de Bonfim e região. E qualquer dúvida, sugestão, é só contatar pelo e-mail que está no final do texto. Boa leitura!


Você já ouvir falar em bullying?

O termo bullying ainda é pouco conhecido em nossa sociedade, mas atualmente vem despertando cada vez mais o interesse de profissionais das áreas de saúde e educação. Vem da palavra inglesa bully, que significa valentão e trata-se de um comportamento agressivo, repetitivo e intencional que acontece em vários ambientes, inclusive nas escolas. Tais atitudes ocorrem sem motivo específico e são praticadas por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de força ou poder, seja pela situação socioeconômica, idade, porte físico etc. No contexto escolar, o bullying é praticado por meninos e meninas em escolas públicas e particulares.

As formas de bullying são: física (chutar, bater, empurrar), verbal (ofender, colocar apelidos pejorativos), psicológica (intimidar, humilhar, chantagear), material (furtar, estragar, roubar), sexual (abusar, assediar), cyberbullying (bullying realizado através de celulares, internet etc). As consequências para quem é vítima de bullying depende de cada indivíduo, sua predisposição genética, vivências etc. No entanto, as vítimas podem levar marcas profundas ao longo da vida e necessitarem de ajuda profissional (psicólogo e/ou psiquiatra) para superar o problema. Baixa autoestima, ansiedade generalizada, depressão, fobia escolar, desinteresse pela escola são algumas das possíveis consequências.

Atenção escolas!

É importante destacar que muitas escolas não admitem a ocorrência do bullying entre seus alunos por desconhecerem o problema. Na maioria das vezes, as vítimas não relatam aos pais e professores o sofrimento vivenciado na escola por sentirem medo ou vergonha. Professores, diretores e demais funcionários devem reconhecer a existência do fenômeno e agir precocemente intervindo assim que identifiquem a existência de bullying, acionando os pais de vítimas e agressores. Psicólogos atuando no contexto escolar podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias de intervenção e prevenção que envolva todos os atores escolares.
Atenção pais!

Os pais devem observar o comportamento de seus filhos e manter sempre um diálogo com eles. Observe se houveram mudanças comportamentais nas últimas semanas, na rotina de seu filho, incluindo sono, alimentação, relações com familiares. Pergunte o que está acontecendo, escute e confie nas palavras de seu filho. Procure a escola, seja um pai/mãe presente na vida escolar da criança e saiba mais sobre o que está ocorrendo. Pais e professores precisam ser parceiros visando o melhor para a educação da criança.

Sabemos que toda criança e adolescente tem o direito de frequentar uma escola capaz de gerar cidadãos que respeitem as diferenças. Devemos conhecer e prevenir o bullying escolar e contribuir para a promoção de uma cultura de paz nas escolas.

Com informações extraídas de: “Bullying - Cartilha 2010 – Projeto Justiça nas Escolas”)

Por: Paula Bezerra – Psicóloga CRP-03/9980
Paula é natural de Sr. do Bonfim-BA. Bacharel em Psicologia pela UNIVASF. Especialização em Psicologia do Trânsito. Contato: paula.psique@hotmail.com
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