É certo que muitos eleitores definirão suas escolhas protestando contra os políticos eleitos que hoje os representam e contra aqueles que desejam voltar ao cenário. Não seria o voto de protesto elegendo um candidato excêntrico ou folclórico, mas sim, o protesto contra aquele candidato que nada faz, que só aparece em época de campanha, que some do mapa e agora quer voltar, aos poucos, achando que tem voz e vez.
O voto de protesto, aquele do sentimento de indignação contra determinados políticos e partidos envolvidos em escândalos, a exemplo do PT que vem, nos últimos anos, com uma safra de representantes corruptos 'nunca antes vista na história política do país'.
Tenho amigos que são eleitores do PT e muitos disseram que se os candidatos continuarem no PT, não votarão neles. Isso é preocupante, uma vez que a imagem do político é deveras atrelada aos números, as cores e a sigla do seu partido.
As novas regras também irão definir e muito como os candidatos deverão se comportar.
A regra que determina a diminuição do período eleitoral que era de 60 (sessenta dias) e passa a ser de 45 (quarenta e cinco) dias vai ser fundamental na corrida pelo voto do eleitor.
Com a diminuição do período, candidatos que de certa forma são mais conhecidos, como por exemplo, artistas, prefeitos e vereadores atuais, bem como personalidades tradicionais, teriam, obviamente, maiores chances de serem eleitos pois, tem maior visibilidade.
Por outro lado, os formatos usados para as propagandas, poderão auxiliar aqueles que tem mais facilidade para utilizar por exemplo, as redes sociais. Não estou falando daquele candidato que tem 5.000 "amigos" em sua rede, mas daquele que tem 500 "amigos" que ele realmente conhece, que convivem de alguma forma com o candidato, seja pessoalmente ou virtualmente.
Este ano será o ano de mostrar aos oportunistas que eles não tem vez. Os oportunistas que só aparecem em período de campanha, que não constroem sua base ao longo dos anos, pois, acham que o eleitor ainda está aceitando e elegendo candidatos que nada fazem pela sua comunidade e pela sociedade e que sequer aparecem na Câmara de Vereadores para lutar pelos seus direitos e pelos direitos de sua comunidade.
Este ano será o da oportunidade para novos candidatos.
Principalmente para aqueles que já vem tentando há alguns anos, construir seu espaço na política e são descartados porque muitos eleitores ainda estão acostumados com os velhos candidatos que prometem favores de todos os tipos em troca de votos, vendendo o que de mais importante o eleitor tem: o poder de transformar o futuro de sua cidade.
Será um ano para novas vozes e ideias. Será um ano para candidatos que querem fazer a diferença, que são preparados para o debate, que tem vontade de fazer acontecer.
André Miranda
Presidente do PV de Senhor do Bonfim